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domingo, 27 de novembro de 2016

Carreira em TI

Estudo recente realizado pela IDC, empresa de inteligência de mercado, estima que o déficit de profissionais de TI no Brasil será menor em 2019 do que em 2015, quando sobraram quase 200 mil vagas na área, que não puderam ser preenchidas devido a falta de profissionais qualificados.

Esta notícia pode ser interpretada de maneiras diferentes, mas complementares:
  • a demanda por mão-de-obra com formação tecnológica é, hoje, bastante alta, e permanecerá elevada nos próximos anos;
  • os esforços do setor privado (substanciais) e do governo (em queda), não conseguiram suprir a demanda das empresas de tecnologia, que vivem, conforme muitos gerentes de RH, uma guerra por talentos;
  • a lacuna de profissionais preparados faz com que os salários oferecidos pelo mercado sejam maiores.
Existe hoje uma necessidade enorme de novos aplicativos móveis e no projeto de sistemas de alta usabilidade, além de sistemas de apoio server-side, com uso intensivo de arquiteturas orientadas à serviço, distribuídas e em nuvem. Alguns números:
  • US$59.9 bilhões de investimento na área de TI em 2015 no Brasil (líder disparado na América Latina).
  • R$19.6 bilhões movimentados pelo e-Commerce no Brasil, apenas no 1o trimestre de 2016; 
  • 170% de crescimento de e-Commerce via smartphones no Brasil;
  • 50% das empresas brasileiras pretendem manter ou aumentar seu projetos em TI;
  • 63% do mercado brasileiro de TI se concentra na região sudeste;
  • Previsão de aumento nos gastos com nuvem em 2017.
Daí serem muito procurados os analistas de sistemas, os cientistas da computação, os engenheiros de computação e outros profissionais com competências para o desenvolvimento de software. A demanda é tão grande que surgiram muitas iniciativas para promover o ensino de programação entre crianças e adolescentes, como forma de incentivar e direcionar um número maior de pessoas para área.

Além dos conhecimentos tradicionais de técnicas de programação, engenharia de software e linguagens como Java e C#, existem oportunidades para aqueles que dominem o Python e o PHP. Já tendeências mais recentes, como aplicativos para cloud computing, big data e web analytics são diferenciais enormes, pois existe um pequeno número de pessoas que dominam estes assuntos. Mas não podem ser esquecidos os conteúdos de outras áreas, bem como (um mínimo) de proficiência em inglês e, quem sabe, outro idioma. 

E não é apenas no segmento de Tecnologia da Informação. A área de  Telecomunicações passa pelas mesmas dificuldades, principalmente no nível técnico, envolvendo a integração de sistemas, incluindo sua segurança. Há quem diga que serão 400 mil vagas em aberto nas áreas de TI & TELECOM até 2020.
Embora o número de cursos ofertados nas instituições de ensino superior tenha aumentado muito nos últimos 10 anos, a procura tem, surpreendentemente, diminuído. As razões para isso são muitas: os problemas enfrentados pelo ensino médio no Brasil; as exigências dos currículos que parecem desarticuladas com as necessidades do mercado; e o desinteresse pelas carreiras em TI, apesar das oportunidades existentes. Isto acaba mantendo ainda mais aquecido este mercado.

E quem já é graduado, ou está prestes a concluir sua graduação, não pode nem pensar em parar de estudar. O caminho do sucesso requer fazer uma pós-graduação ou, no mínimo, buscar certificações profissionais.

Em resumo, quem estiver bem preparado, com conhecimento técnico substancial, e também possuir perfil proativo, vontade de trabalhar e de crescer, não terá dificuldades em encontrar seu lugar!


2 comentários:

Vanderlei Oliveira disse...

Vamos torcer para que o aquecimento se mantenha e que possamos nos aperfeiçoar e abocanhar uma fatia desse mercado de TI. Que o Brasil siga nesse ritmo, precisamos avançar muito ainda na área.

Prof. Peter Jandl Jr disse...

Precisamos torcer, sim. Mas também estudar muito e ficar de olho nos governantes, nos manifestando tanto nas redes sociais como nas ruas.
A educação muito importante! É instrumento de transformação social, que pode ajudar a construir esse Brasil que desejamos. É ferramenta de inclusão social e econômica, pois quando nos ajuda, contribuímos por tabela.

Obrigado pelo comentário!